Aliança cultural.







            Coisas estranhas tem acontecido em Freljord recentemente: os grupos de patrulha e busca relatam uma estranha esfera faíscante, que passa por eles, numa velocidade incrível. Os poucos que tentaram segui-la, acabaram nocauteados por relampagos que caiam do céu. Os que passaram por isso, afirmam ter ouvidos rizadinhas agudas, como de criança, enquanto os raios caíam.
            As histórias chegaram até a rainha Ashe, que decidiu fazer algo a respeito. Com seu arco de gelo, feito pela própria Avaroza, Ashe reuniu um pequeno grupo de seus melhores batedores, decidida decifrar esse mistério.
            Os batedores a guiaram até o local do ultimo ataque. Ashe inspecionou o local: marcas negras no chão de neve; parecia mesmo que relampagos haviam caído ali, mas quem, ou o que teria feito aquilo?
            Em meio a investigação, um dos homens soltou um grito de susto, enquanto a famigerada esfera de raios passava por eles. Ashe olhou-a: era pequena, brilhante a faíscante. Institivamente, a rainha puxou a corda do seu arco, e uma flecha de gelo formou-se nos dedos dela. Acompanhou o movimento da esfera, mas não estava certa se atirava ou não.
            Eis então, que a bolinha brilhante parou.
            Ashe se seus  homens olharam curiosos, enquanto a luz sumia aos poucos, deixando uma silhueta de uma criatura pequena. Estava vestida de branco, o que tornava um pouco dificil a visualização, mas parecia ser uma criança ou um...
           – Um Yordle... – disse a ela.
            O que fazia um yordle em Freljord? Bandle city ficava muito longe dalí para ele ter simplesmente se perdido. A rainha firmou a mira no pouco que conseguia ver e disse em voz alta.
            – Posso acertar uma pulga nas costas de um cachorro à 100 metros, e estou mirando para sua cabeça, é melhor não se mexer. Quem é e o que quer?
            A criaturinha vestida de branco ergueu suas pequenas mãos em forma de rendição e se aproximou a passos lentos. Conforme se aproximava, sua imagem ganhava mais nitidez para o povo da terra gélida. Era mesmo um yordle. Vestido de branco e azul, com o rosto coberto. As orelhas pontudas acima do capuz indicava que se tratava e um yordle macho.
           – É um prazer conhecer a escolhida de Avaroza, saudações. – disse ele, com uma voz infantil, típica da raça.
            Ashe não sentia hostilidade nele. Se quisesse ataca-la, já teria feito.
            O pequeno se apresentou como sendo Kennen, o coração da tempestade. Ele tinha sido enviado por Kinkou, uma ordem de espiões que buscam o equilibrio em todas as coisas. Ashe já tinha ouvido falar no Kinkou; ficava em algum lugar nas ilhas Iônianas. Não eram bons nem maus, têem seus próprios propósitos e raramente se metem nos problemas dos outros. Raramente.
            Kennen disse ter sido mandado em uma missão de patrulha; estava fazendo um mapa daquela parte de Freljord, assim como, coletando informações triviais sobre o local e os nativos, puramente para ampliar os registros do Kinkou. Quando perguntado sobre os ataques, ele riu e respondeu:
           – Eu só estava me divertindo. Por isso não matei ninguém.
            Ashe riu junto com o pequeno e o convidou para conhecer sua tribo. Kennen aceitou, pois isso iria completar muito bem seu relatório. À noite, Kennen foi o centro das atrações: durante o banquete, o pequeno yordle divertia a todos com seus historias: algumas eram assustadoras, outras engraçadas... O povo da vila estava fascinado; a maoria nem ao menos tinha visto um yordle na vida: pequenos, peludos e de voz aguda.
            No fim da noite, a rainha agradesceu pelos contos maravilhos do seu novo amigo e lhe disse que se ele ficasse mais alguns dias, ela lhe contaria algumas historias também, de seu povo e de sua Deusa.
            Desse dia em diante, Kennen e Ashe forjaram uma aliança cultural entre Iônia e Freljord, trocando cultura e conhecimento entre si.
            E é isso que este blog quer tentar simular.


Kennen&Ashe